terça-feira, 27 de abril de 2010

BOVINOCULTURA E SEUS DESAFIOS TECNOLÓGICOS






Nos últimos anos, tento desenvolver a área de ambiência em Aves, Suínos e Bovinos, verifiquei a uns dois anos atrás, uma carência muito grande na área de Bovinos, atualmente estou na região de Castro - PR, e vou apartir deste divulgar meu trabalho na área, gostaria muito que as pessoas que acessarem este blog, agregassem com meu trabalho. Como um primeiro assunto, gostaria de desmonstrar o resfriamento adiabático para vacas em fase de parto e pré-parto aonde utilizamos equipamento como forro e Ductofan, no qual temos resultados excelentes, um dos fatores que nos deixa intrigado é que as vacas não tiveram mais retenção de placenta e seu escore corporal tem melhorado muito ao retorno para produção em sistema freestall. Um detalhe bem interessante é que devido as características do animal estamos utilizando duas saídas de ar por animal.

Como funciona o sistema?

Sensações Térmicas

Receptores térmicos e sua excitação

Os animais são capazes de perceberem diferentes gradações de frio e de calor, que vão
desde o frio congelante a frio, a fresco, a indiferente,a morno, a quente, até o quente escaldante.
As gradações térmicas são discriminadas por,pelo menos, três tipos de receptores sensoriais: os receptores do frio, os receptores do calor e os receptores da dor. Os receptores da dor são estimulados apenas pelos graus extremos de calor ou de frio e, portanto, são responsáveis, juntamente com os receptores do frio e do calor, pelas
sensações de “frio congelante” e “quente escaldante”. Os receptores de frio e do calor estão localizados imediatamente abaixo da pele em pontos discretos, porém separados, cada um com diâmetro estimulatório de cerca de 1mm.
Na maioria das áreas do corpo, há de três a 10 vezes mais receptores para o frio que para o calor, e seu número nas diferentes áreas do corpo varia de 15 a 25 receptores de frio por centímetro quadrado nos lábios a 3 a 5 pontos de frio por centímetro quadrado perto dos dedos, a menos de 1 ponto de frio por centímetro quadrado em
algumas áreas amplas da superfície do tronco.
Há um número menor correspondente de pontos para o calor. Apesar de estar acertado que existem terminações nervosas distintas para o calor,estas não foram histologicamente identificadas.
Presume-se que sejam terminações do tipo “C” com velocidades de transmissão de apenas 0,4 a 2m/s. Por outro lado, foi definitivamente identificado um receptor para o frio. É uma terminação nervosa especial, delgada, mielinizada do tipo Ad,que se ramifica numerosas vezes e cujas extremidades projetam-se para dentro das superfícies
inferiores das células epidérmicas basais. Os sinais são transmitidos a partir desses receptores por fibras nervosas do tipo Ad em velocidade de cerca de 20m/s. Acredita-se que algumas sensações de frio sejam também transmitidas nas fibras nervosas do tipo C, sugerindo que algumas terminações nervosas livres também possam
funcionar como receptores do frio.

Efeitos estimulatórios da elevação e da queda da temperatura – adaptação dos
receptores térmicos.


Quando um receptor para o frio é subtamente submetido a uma queda abrupta da
temperatura, torna-se, a princípio, fortemente estimulado, mas essa estimulação se desvanece rapidamente durante os primeiros poucos segundos e progressivamente de modo mais lento durante os próximos 30 min ou mais. Em outras palavras, o receptor se “adapta” em grande extensão, mas parece nunca se adaptar 100%. Assim, é evidente que os sentidos térmicos respondem acentuadamente a alterações da temperatura além de serem capazes de responder a estados contínuos de temperatura.
Isto significa, portanto, que, quando a temperatura da pele está caindo ativamente, o animal sente muito mais frio que quando a temperatura permanece no mesmo nível de frio. Inversamente, se a temperatura estiver subindo ativamente, o animal sente muito mais calor do que quando esta mesma temperatura for constante.A resposta às alterações da temperatura explica o grau extremo de calor sentido, quando se entra numa banheira de água quente, e o extremo grau de frio sentido quando se sai de
um ambiente aquecido para o exterior num dia frio.

Mecanismo de estimulação dos receptores térmicos

Acredita-se que os receptores do calor e do frio sejam etimulados por alterações de suas taxas metabólicas, sendo essas alterações resultantes do fato de a temperatura altera as velocidades das reações químicas intracelulares por mais de duas vezes a cada 10 °C de variação.
Em outras palavras, a detecção térmica provavelmente resulta não dos efeitos físicos
diretos do calor ou do frio sobre as terminações nervosas, mas da estimulação química das terminações quando modificada pela temperatura.

Somação espacial das sensações térmicas

Como o número de terminações para o frio e para o calor em qualquer área da superfície do corpo é pequeno, torna-se difícil avaliar gradações de temperatura quando pequenas áreas são estimuladas. No entanto, quando uma grande área do corpo é estimulada ao mesmo tempo, os sinais térmicos de toda a área se somam. Por exemplo,
alterações rápidas da temperatura tão diminutas quanto 0,01 °C podem ser detectadas se essa alteração afetar toda a superfície do corpo simultaneamente. Por outro lado, alterações 100 vezes maiores da temperatura podem não ser percebidas quando a superfície da pele afetada é apenas 1 cm2 de tamanho. Aqui está toda a explicação do sucesso em resultados do equipamento Duc tofan em períodos quentes, ele estimula vários receptores de frio ao mesmo tempo fazendo com que a fêmea interprete que há um
conforto térmico em período de temperatura alta.

Convecção

A remoção de calor do corpo por correntes aéreas de convecção é comumente denominada
perda de calor por convecção. Na verdade, o calor deve ser inicialmente conduzido para o ar e, a seguir,transportado pelas correntes de convecção.

Estresse térmico suínos

O efeito das condições climáticas sobre o desempenho de fêmeas suínas na maternidade é marcante, principalmente em regiões tropicais e subtropicais, razão pela qual o conhecimento das relações funcionais entre o animal e o meio ambiente, permite-se adotar procedimentos que elevam a eficiência da exploração.
Um animal é considerado em estado de estresse quando se fazem necessários ajustes
(naturais ou artificias) em seu comportamento e/ou fisiologia, com a finalidade de facilitar a expressão de seu fenótipo e fazer frente aos aspectos anti-homeostáticos do ambiente. Um agente estressor é definido como fator individual, natural ou artificial, endógeno ou exógeno, que contribui, direta ou indiretamente, para o estresse do indivíduo. As respostas aos estressores climáticos dependem principalmente do genótipo do animal e da intensidade do agente estressor. Seu efeito
sobre os sistemas fisiológicos dos suinos pode ser de tal magnitude, que afeta sua capacidade de crescimento, reprodução e produção.
A depressão na produção de leite dos suínos sob estresse térmico advindo de elevadas temperaturas deve-se, primordialmente, à redução no consumo de alimentos, hipofunção da tiróide e ao gasto de energia despendida para eliminar calor do corpo. A redução no consumo de alimentos é
maior quanto mais intenso o estresse térmico e seria devida, principalmente, à inibição, pelo calor,do centro do apetite localizado no hipotálamo,resultante da hipertermia corporal. Segundo Baêta e Souza atualmente o manejo do ambiente tem sido amplamente difundido, no sentido de melhorar as condiçõesde conforto do animal, em função da influência dos parâmetros climáticos em favorecer ou prejudicar o seu desempenho; este manejo engloba as estratégias usadas para reduzir os problemas existentes na relação animal-ambiente.
Em climas quentes e úmidos, o uso de modificações ambientais, primárias ou
secundárias, torna-se necessário ao combate do estresse térmico dos animais, permitindo que eles possam produzir e reproduzir com eficiência.

Efeito do resfriamento do vento

Quando o corpo fica exposto ao vento, a camada de ar imediatamente adjacente à pele é
substituída por novo ar com velocidade muito maior do que a normal, de modo que a perda de calor por convecção aumenta proporcionalmente. O efeito de resfriamento do vento em baixas velocidades é aproximadamente proporcional à raiz quadrada da velocidade do vento. Assim, por exemplo, um vento de 4 milhas por hora (10,5km/
h) é cerca de duas vezes mais eficaz para o resfriamento do que o vento com velocidade de 1 milha por hora (1,6 km/h). A adrenalina (hormônio do stress), é antagônico aos hormônios prolactina, relaxina e ocitocina, e portanto deve ser evitado a sua produção, mantendo a fêmea em ambiente tranqüilo, calmo e agradável.

Para podermos expressar o máximo potencial de redução de temperatura do Ductofan,
devemos observar a corelação entre temperatura X umidade e a eficiência das placas evaporativas, pois a temperatura de entrada e umidade relativa influenciam muito no desempenho do equipamento.

Este texto foi escrito atraves de uma extensa revisão bibliográfica, que está ao alcance de todos, fico no aguardo de seu comentários para engrandecermos este trabalho. Maiores informações também podem ser conseguidas pelo site: www.gsibrasil.ind.br


forte abraço